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A Viagem de Luís, o Astronauta

Durante a sua infância, Luís, um menino de 7 anos, muito curioso, com uma paixão pela aventura e pelo desconhecido. Tão verdade, que todas as tardes ele coloca o seu capacete e vai pedalar na sua bicicleta juntamente com o seu irmão mais velho Vasco, com um ano de diferença, e o seu grande grupo de amigos para o parque que mais parecia um jardim, por causa dos tons suaves verdes da relva e arbustos, o aroma fresco das flores que tinham acabado de desabrochar e a grandeza das oliveiras e sobreiros que ofereciam uma sombra agradável a todas as mães e velhinhas que se sentavam nos bancos.

Nisto, os rapazes alinhavam-se de mãos firmemente postas no guiador, prontos para a corrida, que ia acontecer dentro de breves segundos.

É possível sentir a tensão. Luís está focado, com uma respiração suave quase dando para ouvir o batimento do seu coração.

 -3, 2, 1... Partida!

As bicicletas arrancaram a todo o gás, levantando atrás de si uma nuvem de poeira. 

No desenrolar da corrida há um jovem que se começa a destacar ... Sim, é ele, é o Luís que pedalava mais rápido do que o vento, com o seu coração a bater cada vez mais depressa, bombeando adrenalina para todo o seu corpo, sentindo uma enorme felicidade e realização a cada pedalada.

Uma tarde em beleza, cheia de suor e sorrisos.

O tempo vai passando e o sol começa a pôr. Vasco chama o seu irmão para voltarem para casa - “Lu, vamos indo que é quase hora de jantar!”

Os irmãos vão juntos para casa contando anedotas e a rirem-se à maluca.

-Vasco porque é que o Joãozinho mete a vaca no frigorifico?

-Não sei mano, porquê?

-Para beber leite fresco.

Vasco ri com a anedota, porque sempre gostou de piadas secas contadas pelo irmão.

Ao chegar a casa, os manos estacionam as bicicletas na garagem.

Vão lavar as mãos e sentam-se à mesa com os pais a contarem a tarde tão bem passada.

Depois do jantar, Luís de barriga cheia vai para o seu quarto. Um quarto de paredes claras, com um teto estrelado pelas estrelas florescentes autocolante e de planetas pendurados como estivesse no Espaço. Existem alguns brinquedos espalhados, mas ficam para arrumar amanhã, porque o Lu está muito cansado e sem vontade de os colocar na gaveta dos jogos. Salta para a sua cama. É uma nave espacial, tal como uma da NASA, e quando se deita olha para cima, ficando a admirar as estrelas e rapidamente inicia a sua próxima expedição espacial.

-Base escuto.

-Daqui astronauta Luís, pronto para iniciar a missão.

-Iniciar a descolagem, em 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1...

ZBAAAAAAAM

Num fechar de olhos, o jovem Luís estava a flutuar no espaço sideral.

Neste momento, ele conseguia ver cada vez menos a sua casa e o seu querido planeta Terra afastando-se cada vez mais.

Dá uma rápida volta de reconhecimento à volta de Lua, e o astronauta Lu, puxa uma alavanca amarela e em menos de 1 segundo, viajava à velocidade da luz, mais rápido do que as pedaladas da sua bicicleta vermelha.

Visto que Lu era o capitão da sua nave, planeava cuidadosamente a sua missão.

-O que faço eu? Vou buscar uma rocha a Marte e oferecer ao Vasco? Navegar nos anéis de Saturno? Ou descobrir novos planetas e contar as aventuras à Mãe e ao Pai?

Após alguns minutos de reflexão, o astronauta capitão decide ir visitar os seus amigos aliens da galáxia mais próxima, a galáxia de Andrómeda.

Assim, como Luís já conhecia alguns atalhos no sistema solar, entra num buraco negro muito próximo de Júpiter, de modo a ter uma viagem mais rápida e também maneira uma forma de poupar algum combustível da nave.

Uma vez entrado no buraco, o capitão Lu sabia que não havia volta atrás, mas sentia-se confiante e avançou. Numa viagem alucinante e turbulenta no buraco negro, chega finalmente ao seu destino.

Chega ao planeta Oa, do sistema solar 23-19, ainda desconhecido pela população terrestre, menos para o nosso corajoso astronauta de 7 aninhos.

Além disso, planeta Oa era o quarto planeta a contar da sua correspondente estrela. Situado depois o planeta Tatooine e antes do planeta Cybertron.

Ao entrar na atmosfera do planeta, o aventureiro astronauta decide pausar a nave num lugar amplo e seguro, de modo a ter uma visibilidade ampla do lugar.

Lu coloca a rampa de aterragem, e dá uns passos pelo desconhecido. Um planeta tranquilo e pacifico à primeira vista, com muito verde das árvores gigantes, um líquido arrosado que fazia lembrar um rio de água, e se forem a analisar com mais detalhe o curso de água rosa, era perfeitamente visível a gigante cascata que ali se encontrava juntamente com uns quantos rochedos que dava uma forma aquela planície deserta e secreto.

Para o astronauta Lu, fazia lembrar uma versão gigante do parque que tem ao lado da sua casa.

No entanto, à medida que Lu vai explorando o cenário, começar a avistar uns vultos e umas ervas a mexerem-se e a aproximarem a toda a velocidade na sua direção.

-Será que são eles? – interroga-se a si mesmo.

-hmm...

-Vá lá...

Os vultos estão cada vez mais próximos ...  até que ... aparecem ficando sem cobertura da vegetação. São os queridos amigos Oaladianos, seres peludos de pelo branco a roçar o azul, com uns olhos pretos profundos, capazes de andar em duas como em quatro patas, extramente gentis e afáveis, capazes de entender qualquer língua do universo, por serem muito estudiosos e curiosos com coisas novas, tal como Lu, talvez seja a maior característica que os aproxima.

- À quanto tempo Lu, estávamos com saudades tuas, já não te víamos a algum tempo – dizia Tol, o líder de todos os Oaladianos, que circundavam cada vez mais a nave do nosso bravo capitão.

- Sim Tol, estive ocupado a fazer outras missões.

- Mas que bem, e o que mais te impressionou nas tuas últimas aventuras?

- Olha adorei recentemente atravessar o cinturão de asteroides principal, admirar as coloridas e fantásticas supernovas e sentir simplesmente o vazio e a calma da galáxia.

- Wooow... muitos parabéns....

- Hmm? Ahhh... é verdade hoje é o meu aniversário!!!

Luis sente algo suave e carinhoso a passar-lhe pela cabeça. Abre os olhos e dá-se com a sua Mãe.

-Parabéns querido Lu! Tens 8 aninhos, estás a ficar o meu homenzinho. Dá-lhe um beijinho e um grande abraço.

-Anda! Vamos! Tenho uma surpresa para ti meu amor.

Luís desce a escadas a correr até chegar à sala e fica paralisado de boca aberta a olhar a enorme surpresa.

-Parabéns Luís!!! – dizem o resto da família e amigos.

O uma festa surpresa, com uma decoração de outro mundo... Desde arranjos de balões do tema espaço, com vários planetas e astronautas, uma mesa fenomenal com tudo arranjado e cuidadosamente preparado, como pratos, talheres, guardanapos, escolhidos a dedo com uma enorme qualidade e elegância. E claro, não podia faltar o bolo de aniversário, uma nave espacial com um número 8 na lateral e na asa traseira.

Entretanto, o seu irmão Vasco e o Pai aparecem com uma grande caixa com um embrulho colorido, envolvido por uma fita verde.

Ao abrir o seu presente, super entusiasmado e eufórico, repara que é um cãozinho de peluche branquinho a roçar o azul de olhos pretos, e o pequeno Lu fica como vidrado no cão, olhando nos olhos negros do seu novo brinquedo, tendo a prova de que tudo não fora apenas um sonho.

O Pai sorri e pergunta:

- Como lhe vais chamar Lu?

E instantaneamente Luís responde:

-Tol, vai-se chamar Tol, Pai...